O Iluminismo ou Século das luzes foi um movimento da elite burguesa e de intelectuais dos séculos XVII e XVIII, que procurou mobilizar o poder pelo conhecimento da razão, a fim de reformular a sociedade e o conhecimento exato. Promoveu o intercâmbio intelectual entre os países europeus e foi contra a intolerância política e os abusos cometidos pela Igreja e o Estado.
Originou-se na França do século XVII e defendia o domínio do homem através da razão sob a visão do conhecimento teocêntrico que dominava a Europa durante a Idade Média.
Os filósofos iluministas defendiam um pensamento em que o propósito seria de iluminar as trevas em que se encontravam a sociedade europeia.
Estes pensadores acreditavam que o pensamento racional deveria ser levado a sério substituindo as crenças religiosas e o misticismo, os quais, segundo eles, bloqueavam a evolução e o progresso do homem.
O homem passou a ser o detentor e buscou respostas para as questões que, até então, eram justificadas somente pela fé, baseado na teologia cristã.
Para os filósofos iluministas, o homem era naturalmente bom, porém, era corrompido pela sociedade com o passar do tempo. Eles acreditavam que se todos fizessem parte de uma sociedade justa, com direitos iguais a todos, a felicidade comum seria alcançada.
Por esta razão eram contra as imposições de caráter religioso, contra as práticas mercantilistas, contrários ao absolutismo do rei, além dos privilégios dados a nobreza e ao clero.
Com o desenvolvimento do iluminismo a burguesia tornou-se a parte mais interessada, pois, apesar da riqueza que possuía, não tinha poder nas questões políticas e religiosas.
Os principais filósofos do Iluminismo foram: John Locke na Inglaterra (1632-1704),ele acreditava que o homem adquiria conhecimento com o passar do tempo através do empirismo; Voltaire na França (1694-1778), que defendia a liberdade de pensamento e não poupava crítica a intolerância religiosa; Jean-Jacques Rousseau na França (1712-1778), ele defendia a ideia de um estado democrático que garantia igualdade para todos; Montesquieu na França (1689-1755), ele defendeu a divisão do poder político em Legislativo, Executivo e Judiciário; Denis Diderot na França (1713-1784) e Jean Le Rond d´Alembert na França (1717-1783).Juntos estes filósofos organizaram uma enciclopédia que reunia conhecimentos e pensamentos filosóficos da época.
Em consequência as instituições religiosas eram sistematicamente atacadas por esses pensadores. A intromissão da Igreja nos assuntos econômicos e políticos era um tipo de hábito nocivo ao desenvolvimento e ao progresso da sociedade. Até mesmo o pensamento dogmático religioso era colocado como uma barreira entre Deus e o homem.
O pensamento iluminista acreditava que a natureza divina estava presente no próprio indivíduo e, por isso, a razão e o experimento eram meios seguros de compreensão da essência divina.
Inspirados pelas leis fixadas nas ciências naturais, os iluministas também defendiam a existência de verdades absolutas. O homem, em seu estado originário, possuía um conjunto de valores que fazia dele naturalmente feito à bondade e igualdade. Seriam as falhas cometidas no desenvolvimento das sociedades que teria afastado o indivíduo destas suas características originais. Por isso, instituições políticas preocupadas com a liberdade deveriam dar lugar às injustiças promovidas pelo Estado Absolutista.
Apesar de o iluminismo ter contribuído no desenvolvimento da sociedade europeia, onde a razão deveria explicar muitas questões que estavam obscuras, ele trouxe sérios perigos para a fé cristã.
Influenciados pelo pensamento de que tudo deveria ser explicado pela mente humana, muitos cristãos defenderam a ideia de que a Bíblia deveria estar submissa ao entendimento da razão. Então, tudo que não fosse explicado racionalmente deveria ser descartado.
Por essas noções instalava-se uma noção otimista do mundo que não teria como interromper seu progresso no momento em que o homem contava com o pleno uso de sua racionalidade. Os direitos naturais, o respeito à diversidade de ideias e a justiça deveriam trazer a melhoria da condição humana. Oferecendo essas ideias, o iluminismo motivou as revoluções burguesas que trouxeram o fim do Antigo Regime e a instalação de doutrinas de caráter liberal.
Esses pensamentos formaram uma teologia antropocêntrica, racionalista que desprezava a Bíblia e abraçava a razão humana. As Escrituras Sagradas foram submetidas ao limitado pensamento humano. Tudo que não fosse provado cientificamente deveria ser rejeitado. Não havia mais espaço para oração. A razão humana tragou a fé. Milagres doutrinas como nascimento virginal de Cristo, Céu, Anjos, Inferno, ressurreição e muitas outras verdades bíblicas, foram totalmente rejeitadas simplesmente pelo fato da razão humana não aceitar o que não fosse provado à luz do saber.
O racionalismo teológico que afetou gravemente a fé dos pensadores cristãos da época do iluminismo desembocou em um desprezo pelas Escrituras. Para muitos, a Bíblia não era mais palavra de Deus. Mais adiante surge então a alta crítica na tentativa de questionar a veracidade dos textos sagrados.
Teólogos liberais chegam a perigosa e lamentável conclusão de que a Bíblia não contém a palavra Deus, e portanto negaram sua inspiração. O iluminismo exerce certa influência nas igrejas de nossos dias, como no caso das Igrejas que adotaram a teologia da libertação que prega que a libertação do homem se dá através da socialização por meio da educação.
Além da teologia da libertação outro perigo que se originou pelas ideias iluministas foi o universalismo, que prega que todos serão salvos mediante o sacrifício de Cristo, o relativismo onde diz que todos os caminhos levam a Deus, e o inclusivisismo onde ensina que todos que busquem a Deus sinceramente serão salvos por Cristo sem necessariamente conhecer o seu nome e suas obras.
sábado, 9 de maio de 2015

Romilton Pena
Licenciado em História e Pós Graduado em História Contemporânea pela Uniube!
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Marcadores:
História
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